

Instituto Luz da Consciência
Gnosticismo
Xamânico
"Conheça-te e conhecerás o Universo e os Deuses"


A RESPIRAÇÃO E A REDUÇÃO DAS FREQUENCIAS
De acordo com os ensinamentos dos yogues o adulto saudável respira aproximadamente 21.600 vezes por dia, ou seja, uma frequência (respiratória) média de 15 respirações por minuto (uma respiração a cada 4 segundos). É óbvio que durante esse dia haverá momentos de repouso em que a frequência diminui e momentos de agitação, de grande atividade, em que a frequência aumenta.
Da mesma forma, o ato sexual ordinário produz um aumento no ritmo respiratório enquanto no tantrismo em que ato do amor é prolongado esse ritmo cai consideravelmente.
A duração de vida está ligada a frequência respiratória. Isso se pode observar particularmente com relação a certos répteis e mamíferos. A tartaruga respira lentamente e vive muito enquanto o rato respira bem rápido e vive pouco. De acordo com o Gheranda Samhita, com a diminuição da frequência respiratória ocorre um aumento na energia vital, e com sua aceleração a energia vital diminui. Segundo Shiva Samhita, importante texto hindu, o corpo da pessoa que pratica o controle da respiração, torna-se harmonioso, forte, belo, e emite suave odor.
Muitos yogues dedicam-se intensamente à conquista do controle consciente da função respiratória acreditando que isso os tornará mestres de seu destino.
A respiração natural deve ser abdominal, ou seja, distendendo-o quando o ar inspirado e contraindo-o ao ser expelido. Procure observar se você respira naturalmente. Coloque uma das mãos na região do abdome bem abaixo do plexo solar. Veja se sua respiração consegue chegar até aí e observe se o abdome está distendido ao completar a respiração. A maioria das pessoas não respira de maneira natural. Geralmente o ar atinge apenas a região do peito.
De acordo com a sabedoria tântrica se os amantes respiram de maneira errada, apenas utilizando a parte superior do peito, ou seja, não utilizam a respiração completa natural e se cansam facilmente, isso poderá ocasionar um envelhecimento precoce, impotência, debilidade física geral e dificuldade na transmutação das energias.
A inspiração deve ser natural, nunca forçada. O ar deve fluir naturalmente acompanhando a expansão do abdome. A retenção do ar conhecida como Kumbhaka é o ponto de maior potência vital pois o ar nesse momento é absorvido pelos pulmões e vitaliza todo o corpo.
Durante a inspiração deve-se imaginar o Prana Universal, as energias de Brahma, estão sendo absorvidas. Durante a retenção deve haver uma concentração nessa força prânica vital, visualizando-a circular intensamente por todo o corpo e durante a expiração deve-se visualizar que está expulsando toda a negatividade, tensões, doenças, etc.
De acordo com o Hatha Yoga Pradipika há uma estreita relação entre a respiração e a mente. A cada movimento respiratório corresponde um movimento da mente. Se há controle da respiração também controla a mente.
O prolongamento da retenção aumenta os poderes mentais, estimula as percepções extra-sensoriais e além disso é um dos fatores principais na ascensão da energia Kundalini.
Todo casal que deseja experimentar o êxtase tântrico deve primeiro desenvolver a respiração completa natural, e depois desenvolver a capacidade de retenção do ar vital. Deve perceber a estreita relação entre o fluxo da respiração, a função sexual e os processos sutis da mente, sendo que para haver uma convergência total dos ritmos respiratórios se faz necessária uma união harmônica plena de afinidades.
ESTADO BETA
O estado beta corresponde ao estado normal de consciência quando o homem realiza suas atividades ordinárias. Pode ser considerado um estado medíocre de consciência já que raramente se manifestam as percepções extra-sensoriais e não proporciona o aproveitamento do potencial interno que se encontra em estado latente no ser humano.
Abaixo apresentamos um quadro demonstrativo da relação entre os estados de consciência BETA, ALFA, TETA e DELTA e as frequências cerebral, cardíaca e respiratória.
A frequência cerebral é medida em ciclos por segundo e obtida através do eletroencefalograma. A frequência respiratória, em respirações por minuto.
O estado Beta é caracterizado por frequências relativamente altas e que podem ser ainda mais elevadas de acordo com as circunstâncias. Essa elevação de frequência é observada durante as crises nervosas, estresse, ataques de ódio, ciúmes, etc.
Frequência cerebral Frequência cardíaca Frequência respiratória
(ciclos p/ seg.) (bat. p/ min.) (resp. p/ mín.)
Beta 18 ou + 75 ou + 15 ou +
Alfa 17 a 7 74 a 45 14 a 10
Teta 6 a 3 44 a 15 9 a 4
Delta 2 a 0 14 a 0 3 a 0
ESTADO ALFA
Quando se atinge o estado Alfa, as frequências se reduzem consideravelmente, de tal forma que pode ocorrer uma série de fenômenos psico-físicos tais como: desdobramentos astrais, telepatia, recordação de existências passadas, iluminação da consciência, etc. Também pode ocorrer durante o sono quando este é acompanhado de relaxamento profundo.
ESTADO TETA
O estado Teta é caracterizado por uma redução de frequência ainda mais acentuada dando condições para que se efetivem mais intensamente os fenômenos metafísicos. Os estados de iluminação são mais prolongados, e quase sempre acompanhados de fenômenos “inexplicáveis”: as penetrações no hiperespaço, os êxtases profundos, etc.
ESTADO DELTA
Esse estado de consciência corresponde a reduções radicais de frequência com o surgimento de fenômenos que fogem a compreensão da mente humana. Os chamados milagres, as ressurreições, a catalepsia, a morte clínica sem o rompimento do cordão de prata, mantendo os princípios vitais do corpo físico (caso específico das múmias vivas egípcias), etc.
RELAXAMENTO ATÔMICO
Quando um homem e uma mulher vivenciam um êxtase tântrico, além do elevado fluxo de energias magnéticas, pode-se constatar que há nesse momento supremo um alto grau de relaxamento físico e mental.
Alcançar estados elevados de consciência significa redução de frequências acompanhada de relaxamento profundo. Quando há relaxamento, há queda de frequências.
O relaxamento atômico apresenta um efeito extraordinário na redução de frequências. Ele inclui o relaxamento dos sistemas muscular, glandular, circulatório, respiratório, nervoso, cérebro-espinhal, celular e atômico.
Recomenda-se esse relaxamento atômico antes da prática da alquímica se as circunstâncias permitem. A prática é acompanhada de visualização de cores correspondentes às diversas etapas, aumentando ainda mais a redução de frequências.
A melhor posição para essa prática é a do decúbito dorsal, ou seja, deitado de costas; porém os iniciantes devem realizá-la sentados para evitar a perda de consciência.
O relaxamento atômico além de atuar no sistema muscular, age nos sistemas endócrino, respiratório, circulatório, nervoso, circular e atômico, proporcionando uma condição favorável para a alta sensibilização e para a penetração nos estados mais elevados de consciência.
Esse relaxamento consta de 7 etapas que seguem a seguinte ordem:
1ª Etapa: Relaxamento do sistema muscular e ósseo acompanhado da visualização da cor amarela, a qual deve se mesclar com os músculos e ossos de todas as partes do corpo.
2ª Etapa: Relaxamento de todo sistema circulatório visualizando-se a cor vermelha que penetra na circulação a partir do coração percorrendo veias e artérias de todas as partes do corpo.
3ª Etapa: Relaxamento do sistema endócrino visualizando-se a cor branca que envolve e estimula as glândulas endócrinas a partir da glândula pineal, seguindo-se as: pituitária, tireóide, paratireoide, timo, fígado, pâncreas, supra-renais e sexuais.
4ª Etapa: Relaxamento dos sistema respiratório visualizando-se a cor azul celeste que envolve todo o sistema respiratório: pulmões, brônquios, pleura, esôfago, etc. Nessa etapa realizam-se 3 respirações profundas com breve retenção do ar.
5ª Etapa: Relaxamento do sistema nervoso cérebro-espinhal, visualizando-se a cor violeta que percorre toda a coluna vertebral, envolvendo medula, cerebelo, cérebro e bulbo raquidiano.
6ª Etapa: Relaxamento do sistema celular, visualizando-se a cor laranja que envolve todas as células do corpo.
7ª Etapa: Relaxamento do sistema atômico, visualizando-se a cor verde que envolve todos os átomos do corpo.
Quando se chega à 7ª etapa o corpo físico se encontrará num estado total de imobilidade. As frequências estarão substancialmente reduzidas, proporcionando-se condições especiais para desdobramentos astrais e manifestações especiais de fenômenos extra-sensoriais.
A grande dificuldade para a saída consciente em astral é o elevado peso atômico dos átomos e moléculas do corpo físico. Quando reduzimos o peso atômico conseguimos ultrapassar a barreira do tempo, vencemos a força da gravidade. De forma que sair em astral é questão de diminuir o peso do átomo do corpo físico, é questão de redução das frequências respiratória, cardíaca e cerebral.
A redução do peso atômico é possível através da aceleração dos átomos e moléculas do corpo físico. Quanto mais baixas as frequências, maior será a velocidade dos átomos e moléculas que podem alcançar em determinadas circunstâncias a velocidade da luz (300.000 km por segundo).
O relaxamento atômico reduz as frequências e provoca uma aceleração atômica e molecular. Nas últimas etapas do relaxamento pode-se notar uma sensação de flutuação, formigamento, ou inchaço, sinais da redução de peso atômico, o que indica a aproximação do momento do desdobramento do corpo físico ou de outro fenômeno congênere.
A transmutação das energias criadoras é o fator mais importante na redução do peso atômico, pois à medida que as energias são absorvidas e canalizadas à circulação sanguínea, reabastece todo o sistema glandular, multiplicando hormônios, renovando todas as células do organismo e acelerando a velocidade dos átomos e moléculas.
Essa relação de peso atômico através do Sahaja Maithuna é possível quando o amor se desenvolve num clima de refinamento e serenidade, quando o homem e a mulher conseguem juntos criar momentos atemporais de alta transcendência.
A redução do peso atômico do corpo físico pela diminuição das frequências respiratória, cardíaca e cerebral pode levar o homem a romper a barreira da Luz.
(Extraido do Livro “Tantra, Arte e Refinamento do Amor” - Claudio Carone, editora Agni Sol Nascente).